Remando Letras

Uma página em branco a minha frente, me convida a escrever, tenho negligenciado, meu rio de amor emoções, saudades,tenho negligenciado meu próprio pensamento; isso é imperdoável,remar letras é preciso e me faz bem,

Mergulhar no rio do meu viver, constatar que o tempo passa mas há sempre um aprendizado a se efetivar em nossa humanidade.
Ontem testemunhei a partida de dois grandes amigos, um casal que nem a morte separou, pois o amor que sempre os uniu venceu a morte física, e hoje passeiam juntos nos jardins do SENHOR. Amor como de Emídio e Francisca, está em extinção, amor que aceita imperfeições, que se dispõe a construir juntos,e que abre mão de alguma realização pessoal, em busca de um bem  maior que certamente alcançaram; foi dia de emoção, não consigo sentir friamente uma partida, e então veio a notícia do ator, que o VELHO CHICO, com quem ele contracenou, levou para sempre, como muitos brasileiros, era um trabalhador a arte de representar era seu ofício, se operário fosse seria um acidente de trabalho; mortes que inundaram de tristeza meu coração tão remendado por tantas perdas; mas...se em tudo existe um propósito maior, que seja o AMOR desse lindo casal se multiplicando nas ações de seus descendentes; que o grito do personagem de  DOMINGOS MONTAGNER, em favor da terra e das águas do SÃO FRANCISCO, encontre resposta nos corações humanos, que não percamos a capacidade de nos comover com a partida dos que amaram e realizaram algo para que o mundo seja melhor.